Saúde Mental da PMDF: Eu avisei que iria dar merda, e ninguém quis ouvir!

Saúde Mental da PMDF: Eu avisei que iria dar merda, e ninguém quis ouvir!

Saúde Mental dos Policiais Militares do DF: Urgência de Ações Diante de uma Tragédia Anunciada

Na fatídica data de ontem (14), no Recanto dos Emas, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enfrentou uma tragédia interna, evidenciando a delicada situação da saúde mental de seus membros. O 2º Sargento Paulo Pereira de Souza, matrícula 73.910/3, lotado no 27º BPM como patrulheiro, tirou a vida do Soldado Yago Monteiro Fidelis, matrícula 736.954/9, motorista da mesma unidade, e tentou contra o Comandante da guarnição, 2º Sargento Diogo Carneiro Dos Santos, matrícula 24.227/6, antes de cometer suicídio.

Força e honra!

Soldado QPPMC Yago Monteiro Fidelis
segundo-sargento QPPMC Paulo Pereira De Souza

Fontes confiáveis revelaram ao portal S&DS que essa tragédia era anunciada, destacando que o Sargento Paulo Pereira de Souza apresentava problemas psicológicos evidentes, percebidos por uma mudança notável em seu comportamento. Ele havia passado por avaliação na junta médica da PMDF, levantando questionamentos sobre a eficácia desse processo.

Dentro da tropa, surge a preocupação sobre a concessão de alta médica e a transferência para outra unidade, culminando nesse trágico desfecho. Denúncias de policiais indicam que atestados são muitas vezes reduzidos pela junta médica, que nem sempre conta com especialistas nas áreas necessárias.

A falta de efetivo, excesso de trabalho, ausência de um plano de carreira estruturado, dívidas, tratamento desumano, perseguição no ambiente de trabalho e a falta de apoio jurídico são apontados como as principais causas dos problemas emocionais e psicológicos enfrentados pelos valorosos policiais. Um policial com 25 anos de serviço relata ter adquirido pressão alta, problemas ortopédicos, insônia, inquietação e irritabilidade, fatores que, por vezes, afetaram sua família e relacionamentos.

Este triste episódio, além de ser uma expressão da bomba-relógio silenciosa dentro da Corporação, destaca a urgência de ações efetivas para preservar a saúde mental dos policiais militares. A falta de atenção para essas questões pode resultar em consequências irreparáveis, como a tragédia recentemente testemunhada.

Em sua nota, a PMDF reconhece a situação, afirmando estar apurando os fatos e avaliando as condutas. Contudo, os oficiais do DSAP enfatizam o compromisso ético e profissional com o sigilo das informações médicas, o que levanta questionamentos sobre a transparência e eficácia do atual sistema de cuidados com a saúde mental na Corporação.

É imperativo que medidas sejam tomadas para endereçar as preocupações levantadas pela tropa, proporcionando um ambiente de trabalho mais saudável e respeitoso, juntamente com um suporte efetivo para a saúde mental dos policiais. A urgência desse cuidado é evidente, e a Corporação precisa agir prontamente para evitar que tragédias como essa se repitam.

O portal S&DS expressa sua solidariedade aos familiares dos policiais envolvidos e a todos os membros da Tropa. Rendemos nosso respeito e reconhecimento a esses valorosos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da comunidade. Que a força e a honra estejam presentes nesses momentos difíceis.