O mundo enfrenta um novo capítulo na história da seleção natural, à medida que os efeitos das mudanças climáticas se tornam mais evidentes. Agosto de 2023 foi oficialmente registrado como o agosto mais quente da Terra desde que os registros climáticos começaram há 174 anos, de acordo com a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA).
Os números divulgados pela NOAA revelaram um panorama alarmante das condições climáticas globais. A temperatura média global da superfície terrestre e oceânica em agosto ultrapassou em 2,25 graus F (1,25 graus C) a média do século 20, que era de 60,1 graus F (15,6 graus C). Esse recorde é apenas a ponta do iceberg, já que quatro continentes – África, Ásia, América do Norte e América do Sul – experimentaram os agosto mais quentes já registrados, enquanto a Europa e a Oceânia tiveram o segundo agosto mais quente.
Esse aumento dramático nas temperaturas não é um evento isolado. Desde 1977, a Terra registra temperaturas acima da média do século XX por 534 meses consecutivos, destacando uma tendência preocupante e constante de aquecimento global. As mudanças climáticas, a elevação das temperaturas do mar e o surgimento do El Niño são fatores que contribuem para esse calor recorde.
Os efeitos da alta temperatura não se limitaram apenas a agosto. O período de junho a agosto de 2023 também estabeleceu um novo recorde, com uma temperatura média global 2,07 graus F (1,15 graus C) acima da média do século 20. Esse é o período mais quente desses meses em 174 anos, e o quarto mês consecutivo com recorde de temperatura da superfície do mar.
Além disso, agosto de 2023 testemunhou a menor extensão global de gelo marinho de agosto já registrada, o que representa um sério desafio para o equilíbrio climático do planeta.
Enquanto o mundo enfrenta essas mudanças drásticas nas condições climáticas, os cientistas alertam para a necessidade urgente de ações concretas para combater as mudanças climáticas e suas consequências. O futuro da Terra e de suas espécies, incluindo os seres humanos, depende da capacidade de enfrentar esses desafios globais e implementar soluções eficazes.
