Deputadas Federais eleitas pelo DF: Érika Kokay, Flávia Arruda, Paula Belmonte, Celina Leão e Bia kicis.

As mulheres negras encontram grandes dificuldades em ocupar espaços de poder e de serem eleitas para cargos eletivos. Acontece que o discurso (abaixo) do ’empoderamento’ e ‘política lugar de mulher’ tem servido apenas para as não negras.

“Lugar de mulher é onde ela quiser.”

“Lugar de mulher é na política.”

Fica evidente o paradoxo, as mulheres brancas fazem política, estão na política enquanto a maioria da população brasileira é negra e feminina mas é governada por homens e mulheres brancos. Do total da população brasileira, quase 52% são mulheres, mas ELAS não estão devidamente representadas, pois, se mais da metade dos brasileiros são ELAS, os eleitos em sua maioria deveriam seguir em IGUALDADE o percentual ou ao menos se aproximar desse montante. Nos cargos em que temos mulheres eleitas, a presença de NEGRAS é pífio.

As mulheres negras estão subrepresentadas na política formal e marginalizadas da política secular quando se trata da figura da mulher branca nos espaços de poder.

Vê partidos políticos usarem a imagem da mulher negra quando na verdade estão preocupados é em elegerem as brancas, é a verdadeira verdade do uso de imagem de umas para beneficiarem as outras.

Não sendo sectarista ou divisionista, mas dentro de um espírito realista e igualitário, pois o caminho para as mulheres negras é mais longo que para as brancas na questão da busca pela igualdade, eu arrisco em dizer a seguinte reflexão negra: “Lugar de Mulher Negra é onde a outra Negra quiser.” e “Lugar de mulher Negra é na política com votos de outra Negra.”