São 460 metros pintados dos dois lados do viaduto na Galeria dos Estados, no centro de Brasília, entre o Setor Comercial Sul e o Setor Bancário Sul que foram feitos neste domingo (3/4), pela Secretaria de Cultura do DF e realizado em parceria com a Associação de Educação do Homem do Amanhã do Brasil (Habra).

Foto: reprodução da internet

A Habra foi fundada em 1977, com o objetivo de realizar trabalhos sociais destinados à sociedade local e possui em seu portfólio uma larga trajetória de trabalho, alguns deles confirmados na sua cronologia, veja apenas os que foram destinados ao incentivo ao turismo nos últimos 4 anos, veja aqui o seu plano de trabalho.

2017 a 2020 – Realizou as paradas Orgulho Gay em Brasília, reunindo milhares de pessoas de Brasília entorno e outros estados, e em 2020, em tempos de quarentena, a Habra buscando mostrar que Brasília está sempre de braços abertos para receber toda diversidade, criou o projeto “Orgulho-20, somos maiores”. O Congresso Nacional abraçou esta ideia e, pela primeira vez na história, permitiu a projeção em seu prédio, que é um símbolo nacional de poder, das cores do arco-íris (que representam a comunidade LGBT), exibindo as palavras orgulho, diversidade, casa do povo, democracia, dentre outras. Tal projeto visou também estimular pessoas a conhecerem o local, que se mostra aberto a todos.

De acordo com a Associação Brasília Orgulho a mensagem é de ‘respeito e diversidade’.

Mas não é assim que pensam os dirigentes da Convenção Nacional de Igrejas e Ministros das Assembleias de Deus no Brasil (Conimadb) e líderes de outras denominações do DF.

Um dos líderes que pediu para não ser identificado, ‘por razões pessoais e legais’, disse que a ‘pintura representa um claro favorecimento a certos grupos em detrimentos de outros e ações do estado contrário aos valores cristãos’.

“Uma verdadeira preparação do caminho para a sodomia em monumentos dos estado, a exemplo do que já haviam feito na Torre de TV de Brasília. Por que o estado não faz a mesma retórica pintando em espaços públicos, no centro de Brasília, homenagem, alusões aos cristãos, negros, aos profissionais de saúde, insistem com este tema de LGBTQI+ como se fossemos obrigados a conviver diariamente com isso. Vamos acionar nossos advogados e pedir a neutralidade do estado quanto a isso,” finalizou.

O portal entrou em contato com a Secretaria de Cultura do DF, mas a pasta não quis se pronunciar quanto ao assunto.