06 de Março de 2020

Por RAQUEL ARRAES e REGINA DOLORES ARAUJO AO SITE


Foto: Saúde & Direitos Sociais – Transporte público

Ao longo da historia ocidental o valor, a posição social e os direitos da mulher foram ressignificados até atingir o moderno conceito de igualdade entre os gêneros. Assim como a noção de cavalheirismo, formas de tratamento e entendimento entre os gêneros também tem mudado bastante no que diz respeito às ações que os homens estão dispostos a empreender referente ao tratamento com as mulheres.


A igualdade de gênero é uma pauta histórica dentre as reivindicações sociais e populares em todo o mundo. Desde o século XVIII as mulheres se mobilizam por direitos civis, políticos e sociais como direito ao voto, ao divórcio, a educação, a igualdade salarial, condições adequadas de trabalho, direitos sexuais e reprodutivos e participação em espaços de poder. Contudo, apesar dessas lutas e conquistas a realidade ainda impõe muitas diferenças entre os papeis sociais de homens e mulheres o que impacta inclusive em modos de tratamento e gentileza entre os gêneros.


A equipe de jornalistas do Portal Saude & Direitos Sociais entrevistou alguns homens que utilizam o transporte público a maioria afirmou que “Não acham justo ceder seus acentos para as mulheres” por questões de “Direitos iguais” ou porque “Não é nenhuma parente minha”. O que têm levado os homens a esse pensamento para agir desse forma?


No dia Internacional das mulheres, comemorado em razão de protestos por igualdade entre gêneros no mundo, algumas mulheres são presenteadas com flores e gentilezas típicas do cavalheirismo. Esse cavalheirismo tem sido criticado pelos movimentos feministas como tendo perdido o sentido em uma sociedade em que o respeito à mulher não está implícito e a violência contra a mulher e o feminicídio alcançam números alarmantes.

Esses argumentos criam um hiato social em que homens e mulheres não sabem muito bem como devem se tratar uns aos outros e quais ações de gentileza podem ser interpretadas como machismo.


Contudo, independente de questões de gênero envolvidas, a gentileza é sempre uma boa forma de tratamento entre as pessoas e ceder o assento no transporte publico à gestantes, pessoas com criança de colo, idosos e pessoas com deficiência atesta muito sobre quem toma essas atitudes.


Foto: Saúde & Direitos Sociais – Transporte público

Fazendo uma pequena análise

Desde 1988 com a promulgação da Constituição Federal temos, como cláusula pétrea, a disposição de que “todos são iguais perante a lei” e que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações.

Diferenças físicas – o organismo de homens e mulheres possuem diferenças não só anatômicas, mas também diferenças fisiológicas, como a concentração de hormônios, metabolismo basal, questões circulatórias, respiratórias, etc.

Diferentes traços de personalidades, diferenças socioculturais também fazem parte desse grandioso universo Masculino e Feminino, são muitas as variáveis que os envolvem, por essa razão são alvo de inúmeros estudos acadêmicos.

Em meio a todo universo de informações e situações que permeia a vida de homens e mulheres, vale lembrar, que, a análise, a conscientização, a flexibilidade e a generosidade são ações poderosas em meio a um processo de comunicação social, e ainda, que a comunicação não se dá apenas pelo que se pretende, mas nas respostas obtidas.