29 de Setembro de 2019

Ana Botín, presidenta do Santander, na inauguração da Conferência Bancária Internacional.

Ana Botín, presidenta do Santander, na inauguração da Conferência Bancária Internacional.JAVIER SORIANO (AFP)

A presidente do banco Santander, a espanhola Ana Botín, voltou ao topo do ranking internacional anual elaborado pela revista americana “Fortune” para listar as 50 mulheres mais influentes do mundo dos negócios.

A diretora-executiva da farmacêutica britânica GlaxoSmithKline, Emma Walmsley, e a presidenta do fabricante de eletrodomésticos chinês Gree Electric Appliances, Dong Mingzhu, completam o pódio da “Fortune” ao lado de Botín, que na edição do ano passado ficou na segunda colocação.

A lista também pela primeira vez a presença da brasileira Andrea Marques de Almeida, diretora-executiva financeira da Petrobras. Ela, que ocupa a 49ª posição no ranking divulgado pela “Fortune, fez longa carreira na Vale e foi indicada para o cargo em março deste ano pelo novo presidente da estatal.

O ranking internacional não inclui mulheres que estejam baseadas nos Estados Unidos, que são listadas em outra relação divulgada anualmente pela “Fortune”.

Para justificar a escolha de Botín, a revista destaca o sólido desempenho do Santander em nível mundial em 2018, quando o banco conseguiu uma receita de R$ 219,7 bilhões, puxada em grande medida pelas atividades do grupo na América Latina, em especial no Brasil e no México.

A “Fortune” ressalta também o progresso conseguido por Botín desde que chegou à presidência do Santander em 2014 e as medidas tomadas por ela para reforçar o capital do banco, aumentar a vinculação dos clientes e digitalizar as plataformas.

A lista das mulheres mais poderosas do mundo elaborada pela “Fortune” se tornou um termômetro para medir a influência do gênero feminino no mundo dos negócios e das grandes empresas.

Porém, a revista aponta que, em 2019, só 14 mulheres lideram alguma das 500 maiores companhias do mundo, o que representa um leve aumento em relação ao ano anterior, quando eram 12, mas que deixa evidente o abismo que persiste nos cargos de liderança.

Um terço das mulheres marcaram sua estreia na lista, graças às suas recentes nomeações à frente de grandes multinacionais, como é o caso de Jessica Tan, diretora-executiva da companhia chinesa Ping An Group; de Ilham Kadri, diretora da multinacional química belga Solvay, ou de Emma Fitzgerald, da Puma Energy, uma das maiores empresas de Singapura.

A “Fortune” também coloca em evidência algumas mulheres que recentemente foram promovidas dentro de suas companhias atuais, como Anne Rigail, da Air France, e Maki Akaida, da empresa têxtil japonesa Uniqlo.

Fonte: EFE