A um Poeta (A um Senador)

Longe do estéril turbilhão da rua (“DOS HOSPITAIS, DA SEGURANÇA, DA EDUCAÇÃO…”
Beneditino (JOSÉ ANTONIO REGUFFE), escreve! No aconchego 
Do claustro, na paciência e no sossego (EM SEU GABINETE NO SENADO FEDERAL),

Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua! (????…
Mas que na forma de disfarce o emprego 

Do esforço; e a trama viva se construa 
De tal modo, que a imagem fique nua, 
Rica mas sóbria, como um templo grego. 
Não se mostre (COM POSTURA DE CANDIDATO A GOVERNADOR) na fábrica o suplício (DO POVO
Do mestre. E, natural, o efeito agrade (O BURGUES), 
Sem lembrar os andaimes do edifício (O CAOS DA PERIFERIA DO DF): 
Porque a Beleza (A POBREZA), gêmea da Verdade, 
Arte pura, inimiga do artifício (DO TRABALHADOR), 
É a força e a graça na simplicidade (O POVO DO DF QUE MAIS UMA VEZ ACREDITOU E ESPERA E ESPERA…). 

“A um Poeta”, de Olavo Bilac – com adaptações