Médica é punida por mortes de duas crianças e por falta de conhecimento profissionais técnica de enfermagem paga por ser co-responsável

A Corregedoria Geral de Saúde sugere a demissão da médica pediatra do Hospital Regional de Planaltina (HRP), Glaydes José Leite Reny, queprescreveu a superdosagem de um medicamento para tratamentos respiratórios a duas crianças. O erro ocorreu em junho de 2012 e levou as duas crianças a óbito.

O Relatório Conclusivo do Processo Administrativo Disciplinar nº 013/2013, ofertado pela 6ª Comissão Permanente de Disciplina, e entender cabível a aplicação da sanção de DEMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO à servidora GLAYDES JOSÉ LEITE, matrícula 135.317-9, ocupante do cargo de médico, especialidade pediatria, lotada na Coordenação-Geral de Saúde de Planaltina à época dos fatos, com fundamento no art. 180, incisos I, II, III, V e XIII, c/c art. 191, inciso IV; e art. 193, inciso IV, todos da Lei Complementar distrital nº 840, de 23 de dezembro de 2011, nos termos do art. 202 do citado diploma legal, Diário Oficial do Distrito Federal 03/10/2013.

A
auxiliar de enfermagem, Ivone Iara Reis Costa, também deve ser punida. Ela é apontada como co-responsável pelas mortes e teve a suspensão de 30 dias convertida em multa de 50% do salário, com aplicação imediata, segundo a secretaria,

Aplica a sanção de SUSPENSÃO POR 30 (TRINTA) DIAS a IVONE IARA REIS COSTA, Auxiliar de Enfermagem, matrícula nº 172.765-6, lotada na Coordenação-Geral de Saúde de Planaltina à época dos fatos, com fundamento no art. 180, incisos I, III, V e XIII, c/c art. 190, inciso I; e art. 191, inciso IV, c/c art. 200, § 3º, inciso I, todos da Lei Complementar distrital nº 840, de 23 de dezembro de 2011, Diário Oficial do Distrito Federal 03/10/2013.

E
m depoimento à Polícia Civil, a médica confirmou ter confundido azitromicina – para

tratamento de bronquite e pneumonia – com rocefim. A dosagem máxima permitida do azitromicina é de 10 miligramas por quilo e a do rocefim de 100 miligramas por quilo.

Cerca de 30 minutos após receberem, respectivamente, doses 15 e 12 vezes maiores do medicamento, Paulo Henrique Siqueira, 7 meses, e Gabrielly Rabelo de Sousa, 8 meses, sofreram parada cardiorrespiratória e não resistiram.

Para ser demitida do quadro da SES-DF, a médica depende de ratificação do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.