Foto: OPAS
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A possibilidade de que os novos médicos se fixem no interior, onde trabalham os médicos cubanos que deixarão o Brasil, é extremamente remota de acordo com o histórico do Ministério da Saúde: 93,4% dos médicos formados em cidades pequenas migraram para os grandes centros, segundo estudo da Faculdade de Medicina da USP.

 

Em 2017, o Ministério da Saúde abriu concurso para selecionar médicos brasileiros para o Mais Médicos. Um total de 6.285 se inscreveram para 2.320 vagas. Apenas 1.626 apareceram para trabalhar. Cerca de 30%, (488); deixaram o programa antes de um ano de atuação.

 

Haverá políticas de incentivo à permanência dos médicos nesses lugares, o que hoje não existe?

 

Os médicos brasileiros estarão capacitados à altura, como os cubanos, para trabalharem na Atenção Primária de Saúde como especialistas médico de família e comunidade de locais precários?

 

Os dados, por si só, mostram que será um problema de difícil solução a curto e médio prazo. Em benefício das Marias, Joaquinas, Sebastianas, Rosarias…; dos Antônios, Josés, Joãos, Luíses…; espero que estejamos errados!