EFE/EPA/ABIR SULTAN
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Canadá é o primeiro país do G7 a legalizar uso recreativo da maconha

 

 

 

 

O Parlamento do Canadá aprovou nesta quarta-feira o uso recreativo da maconha, com o que se transforma no segundo país do mundo em adotar essa medida depois do Uruguai, informaram hoje os veículos de imprensa locais.

 

O projeto de lei foi aprovado no Senado por 52 votos a favor e 29 contra, com duas abstenções, e espera-se que o mercado legal de cannabis esteja pronto em um período de oito a doze semanas, em meados de setembro.

 

A legalização do uso recreativo da maconha era uma promessa eleitoral do primeiro-ministro, Justin Trudeau, e chega depois de sete meses de intenso debate parlamentar.

 

“Tem sido muito fácil para os nossos filhos consumirem maconha, e para os criminosos obterem benefícios. Hoje, mudamos isso. Nosso plano para legalizar e regulamentar a maconha acaba de passar no Senado”, escreveu Trudeau, em sua conta do Twitter.

 

O senador Tony Dean, que promoveu o projeto de lei, destacou “a votação histórica para o Canadá” que aconteceu na Câmara Alta e que significou “o fim de 90 anos de proibição” e de “um enfoque que simplesmente não funcionou”, segundo a emissora “CBC”.

 

Trata-se de uma “política social transformadora” e “um passo corajoso por parte do governo”, acrescentou Dean, para quem o importante é que agora o Canadá poderá “começar a enfrentar alguns dos danos da cannabis”, a ser “proativos na educação pública”.

 

“Vemos ver o fim da criminalização e poderemos começar a abordar o mercado ilegal de US$ 7 bilhões no Canadá. Estas são coisas boas para o Canadá”, acrescentou.

 

A ministra da Saúde, Ginette Petitpas Taylor, disse que as províncias necessitarão de dois a três meses depois após a aprovação do projeto para que estejam prontas na implementação do novo regime da maconha legalizada.

 

O projeto de lei apresentado pelo governo canadense permitia que cada residência possa cultivar um máximo de quatro plantas de maconha.