Durante o curso, alunos realizam atividades práticas para consolidar os conhecimentos adquiridos Divulgação/UniSer

Há três anos, projeto possui curso que busca incluir os mais velhos na cena universitária, com aulas de autocuidado, qualidade de vida e direito e cidadania

Inclusão é a palavra que norteia todas as atividades do Programa Universidade do Envelhecer (UniSer), da Universidade de Brasília (UnB). Criado há três anos, o projeto abre os campi para receber interessados, com mais de 45 anos, no curso Educador Político Social em Gerontologia (área que estuda o envelhecimento do ser humano).

Em todos os semestres são oferecidas 150 vagas para o curso que é focado na terceira idade, com aulas de autocuidado, qualidade de vida, direito e cidadania, corpo e movimento e línguas. 

Andréa Bento, uma das coordenadoras do curso, explica que a intenção é capacitar os idosos para que atuem na formação de uma sociedade inclusiva e sejam sujeitos ativos na construção de políticas para o envelhecimento, com valorização e dignidade humana. “A gente quer fazer uma mudança na concepção do envelhecer, focando na qualidade de vida e no empoderamento da maturidade”, afirma. 

Como participar

As oportunidades são distribuídas em seis localidades do Distrito Federal: Asa Norte (UnB ), Candangolândia, Taguatinga, Estrutural, Riacho Fundo I e Ceilândia. O curso atual tem duração de três semestres. No último, são realizadas atividades práticas para consolidar os conhecimentos adquiridos e o aluno deve elaborar Trabalho de Conclusão de Curso.

Para ingressar na UniSer, é necessário ter idade igual ou superior a 45 anos e disponibilidade para aulas de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h30, e para atividades extracurriculares, que poderão ocorrer aos finais de semana. Atendidos esses critérios, as vagas serão preenchidas pela ordem de inscrição. Os candidatos excedentes serão registrados em lista de espera e poderão ser convocados caso haja alguma desistência.

Embora 45 anos ainda não seja considerada a terceira idade, a coordenadora esclarece que o programa pretende acompanhar o envelhecimento dos participantes e promover uma maior inclusão entre os estudantes mais velhos e mais novos. 

Após a formação, muitos alunos que se formaram no curso continuaram no programa dando aula ou ajudando em outras áreas. “Eles conseguem dar outro direcionamento a eles próprios, que não é só cuidar de neto, cuidar da casa”, conta Andréia. Embora esses alunos continuem atuando na UniSer depois de formados, ela ressalta que não se trata de um curso profissionalizante, mas de capacitação para dar empoderamento aos idosos.

Quem se interessar em saber mais sobre o programa pode acessar o site www.uniserunb.com

Fonte: Portal Brasil, com informações da UnB